domingo, 8 de maio de 2011

Gadgets: Engenhocas úteis ou não?

Nada melhor do que iniciar um blog sobre tecnologia, do que falando sobre os atuais ícones da mesma, os Gadgets. Na tradução mais estrita da palavra, significa aparelho, engenhoca, quem não se lembra do inspetor bugiganga (Inspector Gadget), cheio de seus apetrechos muitas vezes com utilidades duvidosas ou certamente não muito especificas. As empresas investem agora em aparelhos que são verdadeiros canivetes suiços tecnologicos, em um mesmo aparelho você já pode ver TV, pagar as contas, checar os e-mails, trabalhar e telefonar, quando for preciso, tudo isso dentro do seu bolso, sem fazer volume.



Muitas vezes, muitas pessoas, me incluo nesta cota, se perguntaram pra que tanta coisa em um único aparelho, se realmente se utilizariam de tantos recursos, como leitor de PDF ou GPS no celular. Não ache que você foi o primeiro a pensar assim, e com certeza não será o último. Por mais que eu já tenha pensado no quanto são desnecessários vários recursos presentes nos aparelhos de hoje em dia, fui aos poucos, pela necessidade, mudando de opinião quanto a maioria deles, e nada melhor do que um relato pessoal para dar força ao que venho defender.


Sou meio metido a aventureiro, também, e algumas vezes saio para fazer trilhas com uns amigos. Em certa ocasião, fomos trilhar na Mata do Pau-Ferro, um pedaço (Grande) de mata virgem, que fica nas proximidades da cidade de Areia - PB. Saímos de Campina Grande cedo, por volta de 7 horas da manhã, e no mais tardar às 10:00 horas, nos embrenhamos mato adentro. Tudo muito bonito, natureza, passeio, comida, até que pelas 13:00 decidimos nos separar em dois grupos, só que o mais experiente em trilhas ficou no outro grupo, e o nosso decidiu voltar. Essa volta ocorreu bem, durante a primeira hora de caminhada, porém a fome e a sede começaram a pedir atenção. Andamos mais do que deveríamos, e passamos por lugares bem diferentes dos que passamos na ida. Só depois que fomos perseguidos por um touro branco e bem grande, de alguma fazenda das proximidades, é que veio bater realmente o desespero. Achamos uma casa no meio do caminho, uma roça pequena, mas estava vazia, chegamos a dar voltas e a passar por essa casa três vezes, quando numa dessas vezes encontramos um morador e pedimos desesperadamente por água. A situação realmente estava crítica, perguntamos por onde deveríamos ir para chegar à cidade, mas voltamos a nos perder, a fome e a sede castigavam mais ainda, já eram 17:00.

Finalmente lembrei, que possuía dentro do meu bolso a ferramenta que poderia nos tirar dali. O meu celular (nokia E71), veio munido de um sistema de GPS por satélite, o qual eu nunca usei, e nem lembrava que tinha, e foi nessa situação que o aparelho foi posto à prova. Saquei do bolso, abri o programa do GPS e esperei até que ele captasse sinal dos satélites, em cerca de cinco minutos apareceu a imagem da rodovia na tela, a alegria não cabia dentro da mata. Seguindo as instruções do aparelho, rumamos ao oeste, até chegarmos à uma estrada, finalmente, sinal de civilização. Já eram quase 18:30 quando chegamos à pista, e andamos cerca de 1,5Km a mais para chegar até onde tínhamos deixado o carro, sujos, mortos de fome, sede e agora rindo da situação de que acabávamos de sair, no final, tudo ficou bem, graças a um aparelho menor que uma mão.


Desde então, venho mudando um pouco os os conceitos sobre a utilidade de vários recursos tecnológicos, não é muito falar que hoje eu uso o leitor de PDF para consultar documentos, quando não tenho um computador perto, já me acostumei a utilizar mais o GPS para encontrar endereços, e de vez em quando telefono para alguém. O que interessa, é saber que vários desses recursos que parecem inúteis à primeira vista, podem nos salvar o dia, ou mesmo, facilitar muito o trabalho que despenderíamos em certas atividades.

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